Tema: “Brasil: política externa e relações internacionais”

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Entrevistamos a Professora de Geopolítica da Escola Superior de Guerra (ESG) do Ministério da Defesa, Mariana Kalil, sobre a política externa e as relações internacionais em abordagem ao contexto atual e futuro do país.
Mariana comentou sobre as relações do Brasil com os outros países latinos, além de Europa, EUA e China. Sobre a América Latina, ela destaca: “O Brasil precisa da América Latina, especificamente da América do Sul, no sentido da economia em escala, especialmente produtos industrializados, pois isso diversifica a pauta de exportações e, no que diz respeito à política internacional, se faz importante para barganhar e arregimentar votos favoráveis ao país nas organizações multilaterais. Se o Brasil fizer relações com o mundo sem a América Latina, se enfraquece”.
Ela complementa a argumentação com uma visão histórica das relações exteriores. “Existe um conceito desde a época do Visconde do Rio Branco, de 1872, que é o conceito de Cordialidade Oficial, também conhecido como paciência estratégica, que é arcar com o ônus da hegemonia. Precisamos evitar decepcionar esses países no que diz respeito a temas centrais para a agenda de política externa e interna deles e ceder em alguns pontos que parecem ser vitais para o Brasil mas são muito mais para esses parceiros latino-americanos”.
Mariana comenta também sobre os temas dos quais o Brasil tende a se posicionar frente a organismos internacionais como a ONU, na Assembleia Geral das Nações Unidas, e quais são os desafios do país para os próximos anos em termos de política externa e relações internacionais.
“A característica essencial da política externa é de que ela é uma política pública. Sendo assim, ela depende de consensos dentro do Estado, do governo e da sociedade. O principal desafio é esse consenso, que represente o Brasil como um todo. E para isso o Brasil precisa se apaziguar. No século XIX fica muito claro que para projetar poder no cenário internacional, o Brasil precisa resolver questões internas”.

A entrevista está disponível no canal do Youtube e no Spotify do IDESF. Para assistir, é só clicar na imagem abaixo.

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