Mercocidades e União Europeia debatem agenda conjunta sobre cooperação

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O Presidente da Mercocidades – organização criada em 1995 para articular redes de governos locais e processos de integração da América do Sul – e Prefeito de Esteban Echeverría – município da província de Buenos Aires, Fernando Gray, reuniu-se nesta semana com o Embaixador da União Europeia na Argentina, Amador Sánchez Rico, para planejar uma agenda de trabalho conjunto sobre cooperação. O encontro focalizou a necessidade de estreitar os laços entre esta comunidade política e os governos locais latino-americanos que fazem parte da Rede. “A partir do Mercoities buscamos fortalecer os vínculos entre cidades e agências de financiamento e cooperação internacional para reduzir assimetrias entre governos locais da região, facilitando a integração”, explicou Fernando Gray. O Embaixador Amador Sánchez Rico, destacou: “Para além do diálogo político que mantemos diariamente com as autoridades nacionais, a União Europeia coopera estreitamente com os atores locais e grandes redes de cidades e municípios como as Mercocidades em áreas de interesse comum”.
Tais agendas conjuntas são importantes para a América do Sul. Tomaz Espósito Neto, Professor da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), explica o que a União Europeia e o Mercosul representam, principalmente em termos de relacionamento: “A UE como um bloco é o segundo maior investidor externo nos países do Mercosul e o maior mercado de produtos industrializados dos países do Mercosul. Além disso, há um grande fluxo, principalmente de multinacionais, e existem áreas convergentes como serviços, serviços bancários, produtos industriais e fármacos, dentre outros. Também cabe uma análise sobre as áreas de divergência, como agricultura, patentes e propriedade intelectual”.
Durante o encontro, o presidente da Mercocidades abordou os eixos de trabalho da Rede vinculados à promoção do desenvolvimento sustentável e os compromissos assumidos no Acordo de Paris em relação às mudanças climáticas, meio ambiente e energia. Da mesma forma, revisou as ações realizadas para reduzir as desigualdades e melhorar a coesão social, bem como as políticas implementadas na área de igualdade de gênero e direitos humanos. Em referência à agenda de cooperação, Fernando Gray e Amador Sánchez Rico discutiram a necessidade de fortalecer os laços comerciais, universitários e científicos; promover o investimento nacional e estrangeiro e facilitar o intercâmbio de especialistas em questões de transparência administrativa e digitalização.

Mercosul e União Europeia

Todos estes temas serão debatidos no “VI Colóquio sobre Fronteiras e Direitos Humanos na União Europeia e no Mercosul”, que será realizado em outubro (em breve, mais informações serão disponibilizadas no site do IDESF). Tomaz, um dos organizadores do evento, antecipa que uma das mesas temáticas será sobre “Os 200 anos de independência do Brasil: um olhar para o futuro”.
O Colóquio é uma realização do Programa Erasmus, Cátedra Jean Monnet (UFGD), Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (IDESF), Ministério da Defesa, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME).

*Com informações do Mercocidades

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