Recorde de movimentação de cargas no Porto Seco de Foz do Iguaçu

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2016

Puxado pela grande safra de grãos do Paraguai, o maior porto seco da América Latina, localizado em Foz do Iguaçu (PR), fechou o primeiro semestre de 2021 com o maior movimento da história. Foram mais de 98 mil cargas movimentadas.
De acordo com Rodrigo Meister, Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil e Chefe do serviço de despacho aduaneiro, normalmente o que determina a quantidade de veículos que vem do Paraguai é a safra resultante do país. “As importações foram de, principalmente, soja, milho e arroz. Além do aumento da safra agrícola no Paraguai, outra coisa que impactou no maior movimento de cargas para o Brasil foi a necessidade de escoar a produção via transporte rodoviário, já que o país sofreu com a seca do Rio Paraná e não foi possível escoar por meio da usina binacional de Yacyretá”.
Segundo Meister, outros produtos importados foram carnes, peças automotivas, sucata, óleo de milho e canola. Antes, o recorde de movimentação havia acontecido no ano de 2016, quando foram liberadas pouco mais de 182 mil cargas (81.270 no primeiro semestre).
No primeiro semestre de 2021, foram liberadas 98.685 cargas, movimento 21,4% maior do que o ocorrido no mesmo período de 2016, e 41,4% maior quando comparado a 2020. A partir dessa análise, a expectativa é de que ocorra um novo recorde em movimentação de cargas em 2021.
Do ponto de vista comercial, o fluxo total de comércio estabelecido via Porto Seco de Foz do Iguaçu no primeiro semestre de 2021 apresentou crescimento de 44,4% em relação ao mesmo período do ano passado. O valor movimentado foi de aproximadamente 2,6 bilhões de dólares – cerca de US$ 1,5 bilhão oriundo de exportações e US$ 1,1 bilhão proveniente de importações.
Os principais gêneros exportados foram derivados de celulose, plásticos, fertilizantes, maquinários agrícolas, veículos, peças, aço, madeiras, pedra e cimento.
Segundo a Assessoria de comunicação da Receita Federal, para fazer frente ao significativo crescimento comercial, foi aumentado o número de vagas de veículos no Porto Seco de Foz do Iguaçu, houve a ampliação do horário de funcionamento do scanner, viabilizada a recepção de caminhões em fila dupla na Ponte Internacional da Amizade e os horários de trabalho nas aduanas foi ampliado, entre outras medidas. Com isso, apesar do expressivo crescimento da movimentação de cargas, o tempo médio de permanência de cada veículo no pátio diminuiu. Hoje, é 11% menor se comparado ao período pré-pandemia.

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Sobre a operação realizada pela Itaipu Binacional para auxiliar no escoamento da safra de grãos do Paraguai, realizada em maio deste ano, assista a entrevista do Ministro Olympio Faissol, Chefe da Divisão de América Meridional II do Ministério das Relações Exteriores.
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