Estudo sobre mercado ilegal de agroquímicos é apresentado em programa do Canal Rural

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Temos uma cadeia criminosa muito estruturada atuando no contrabando de agroquímico e precisamos avançar na punição. A lógica desse crime é econômica e seu combate passa por estabelecer penas que sejam maiores do que os lucros das quadrilhas. As afirmações são do presidente do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras, Luciano Stremel Barros, durante apresentação do estudo ‘O mercado ilegal de defensivos agrícolas no Brasil’ no programa Diálogos no Campo, no Canal Rural.

O estudo foi realizado pelo IDESF para abordar o mercado ilegal de agroquímicos, um dos vieses do contrabando que mais cresce no país. A apresentação, seguida de debate, aconteceu nos estúdios do Canal Rural, em Brasília, nesta terça-feira (20), às 10h, e foi transmitida ao vivo pelo Facebook do Canal. O debate teve participação do diretor do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Origem Vegetal (Sindiveg), Daniel Miranda, e do diretor executivo da Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja), Fabricio Moraes Rosa. A mediação foi de Glauber Silveira.

No debate, Luciano Barros destacou que o problema do contrabando de defensivos agrícolas tem a característica da transnacionalidade, pois atinge todos os países produtores. Daniel Miranda defendeu mudança na legislação para coibir o mercado negro desses produtos. “Temos que tratar a causa e não o efeito. Pela falta de punição, temos criminosos atuando livremente no Brasil”, destacou.

O representante da Aprosoja disse que o produto contrabandeado é mais um peso na conta do produtor rural. “A soja brasileira é a mais sustentável do mundo, porque carrega reserva legal, carrega APP (Áreas de Preservação Permanente) e ainda assim é competitiva”, afirmou.

Antes da apresentação, o programa teve participação do vice-presidente da Frente Parlamentar Agropecuária, deputado estadual pelo Paraná, Sérgio Souza. O parlamentar disse que o Brasil é ineficiente na análise e liberação de novas moléculas de produtos para uso na lavoura. “Tudo o que queremos (os produtores) é utilizar produtos com menos toxidade, mas para isso, precisamos liberar o uso de moléculas mais eficientes”, disse.

 

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