O impacto econômico do crime nas fronteiras foi tema de palestra em evento da PF

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A lucratividade do cigarro contrabandeado do Paraguai e comercializado no Brasil varia entre 179,68% e 231,15%. Se o contrabando for de medicamento, o lucro é bem mais alto, ficando entre 732,51% e 901,85%. A lógica do lucro fácil e estratosférico é o que move os mercados ilegais nas fronteiras brasileiras.

Essa foi uma das abordagens da palestra ‘O impacto da criminalidade no desenvolvimento das regiões de fronteiras’, ministrada pelo presidente do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (IDESF), Luciano Barros, nesta quinta-feira, durante o II Congresso de Defesa Institucional. O evento reúne em Foz do Iguaçu cerca de 200 delegados da Polícia Federal de todo o País.

Em sua segunda edição, o congresso é realizado pela Coordenação Geral de Defesa Institucional (CGDI), órgão da estrutura da Polícia Federal, e conta com apoio do Ministério da Justiça. O objetivo é atualizar os policiais federais sobre as novas tendências da criminalidade, com foco no tráfico de pessoas e no trabalho escravo.

Além dos dados levantados no estudo ‘O custo do contrabando’, realizado pelo IDESF, Barros também apresentou o panorama da região fronteiriça brasileira nos setores da saúde, educação, economia e segurança pública. “Temos municípios fronteiriços onde a população economicamente ativa (PEA) fica em menos de 10%”, destacou, apresentando como exemplos Paranhos (MS), com 9,3%, Tabatinga (AM), com 6,8%, e Pacaraima, com 2,86% dos seus habitantes entre 15 e 60 anos inseridos no mercado formal de trabalho.

Depois da palestra do presidente do IDESF, os autores apresentaram a obra ‘Vidas exploradas: contexto neocolonial do tráfico de pessoas em fronteiras’, livro editado pela Editora IDESF. II Congresso de Defesa Institucional Congresso vai até o próximo sábado.

Sobre o IDESF – O IDESF é uma instituição sem fins lucrativos, com sede em Foz do Iguaçu (PR), que, por meio de estudos, ações e projetos, promove a integração entre as regiões de fronteira, o fortalecimento das relações políticas, sociais e econômicas e o combate aos problemas próprios dessas regiões.

 

Rosane Amadori – Assessoria de Imprensa IDESF

 

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